domingo, 26 de fevereiro de 2017

reposição de INAUGURAÇÃO no Teatro-Estúdio António Assunção

17 e 18 Fevereiro.17 | SEXTA e SÁBADO | 21H30 | M/16 | 50'

TEATRO-ESTÚDIO ANTÓNIO ASSUNÇÃO

INAUGURAÇÃO 
Texto: Václav Havel
Tradução, Dramaturgia e Encenação: Cristina Gonçalves
Intérpretes: Cristina Gonçalves, Paulo Diegues, 
Joaquim Pedro, Rui Freire (dia 17), António Rodrigues (dia 18)
Música: Rui Freire
Cenografia e Grafismo: Carlos Janeiro
Fotografia de Cena: António Coelho
Iluminação: Gabriel Orlando
Produção Executiva: Karas
Produção: Ninho de Víboras (2016)

INAUGURAÇÃO de Václav Havel estreia na 20ª Mostra de Teatro de Almada

INAUGURAÇÃO (estreia)
13 Novembro.16 | DOMINGO | 22H30 | M/16 | 50'
TEATRO-ESTÚDIO ANTÓNIO ASSUNÇÃO - 20ª Mostra de Teatro de Almada


















Texto: Václav Havel
Tradução, Dramaturgia e Encenação: Cristina Gonçalves
Intérpretes: Cristina Gonçalves, Paulo Diegues, 
Joaquim Pedro, Rui Freire 
Cenografia e Grafismo: Carlos Janeiro
Música: Rui Freire
Fotografia de Cena: António Coelho
Iluminação: Gabriel Orlando
Produção Executiva: Karas
Produção: Ninho de Víboras (2016)

Todos os textos que têm por tema a simplicidade de se ser humano deviam ser considerados clássicos. ‘INAUGURAÇÃO’ é uma peça de teatro simples, clara e evidente.
‘INAUGURAÇÃO’ é um encontro. Três personagens dão voz ao que de humano há em ser-se humano. Duas vozes, um casal apanhado nas malhas do seu consumo desenfreado, atolado em objetos opressores de uma liberdade perdida, esquecida, ou apenas dormente, recebe em casa um amigo, voz em tudo oposta às suas, guardiã das coisas simples que não saltam aos olhos e não ensurdecem. A noite desenrola-se suavemente aos solavancos, como se se ouvisse duas músicas, divergentes no tom, a tocar ao mesmo tempo. À saída do amigo, no final da noite, segue-se o barulho ensurdecedor do silêncio deste casal que, despindo peça a peça um véu de máscaras, se vê irresistivelmente “nu” perante si próprio.
‘INAUGURAÇÃO’ de Václav Havel. Projeto há muito na calha. Trata-se de uma peça de teatro simples, clara e evidente. Uma crítica aberta ao consumismo e ao encardir da alma que esse mesmo consumismo provoca. Uma peça sem tempo. Três atores, um casal e o amigo, numa sala irrespirável, jogam um jogo que não é o mesmo para uns e outro, revelando, pouco a pouco, o pouco que fica uma vez retirada a parafernália de objetos de consumo, quais sombras, que oprimem a simplicidade e a beleza do que é ser-se humano.
(Cristina Gonçalves, Julho de 2016)